Se minha vida fosse um filme

São oito da manhã. Eu tenho a brilhante ideia de ficar olhando pro teto, com a mente livre. É o mesmo que dar brecha pra multidão de dúvidas entrar e estragar meu dia. Aí a saudade me consome e eu me odeio por estar tentando esquecer de você. Logo você que marcou minha vida. Logo você que me mostrou (acho que sem querer) que posso amar o mundo todo. Logo você. Por quê eu não esqueço da porra do filme de comédia romântica que assisti numa das primeiras madrugadas que passei aqui? Aliás, a Sandra Bullock estava linda. Por quê minha vida não pode ser um filme? Meu cabelo sempre lindo e hidratado, eu iria gostar de atividades físicas e no final do dia, um cara perfeito em todos os sentidos me procuraria e me daria um beijo, que me daria aquele friozinho na barriga. Sabe? Aquela sensação de borboletas no estômago... tô precisando dela! Tô precisando de você. Eu tô precisando te esquecer... sei lá o que eu preciso! Ficar aqui nessa cidade longe de você e dos abraços calorosos me deixou mais sensível. Você sempre reclamou da minha frieza e rigidez, ficaria feliz ao me ver... nem pra minha vida ser um filme e você me ligar agora pra dizer que está na frente do meu portão e que me trouxe chocolate. O celular toca. Não é você, é minha mãe. Ela está em frente ao meu portão. Viajou quase 300 km pra me ver. Eu começo a rir. Talvez minha vida seja melhor que um filme. A felicidade não é tal qual Hollywood. 

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