Dizer adeus pra você

É difícil escrever sobre você atualmente. Seus abraços ainda fazem falta, seu sorriso e todo aquele clichê de amor que a gente sente quando esta longe de quem ama. Sim, eu te amo. E nunca foi segredo.
Não foi segredo que eu te amava quando você foi na minha casa naquela tarde quente, pra ver filme de romance, você me beijou, fez parecer que era tão mágico aquilo tudo, mas depois saiu dizendo que não podia ficar, que tinha outra. Não foi segredo quando te vi na anoite daquele mesmo dia adulando uma garota na lanchonete. Não foi segredo quando todos os nossos colegas de sala ficavam dizendo que você tinha duas. Não foi segredo quando você voltou e disse que nunca daria certo com ela. Não foi segredo quando você me beijou, mas pediu pra gente parar de ficar. Não foi segredo quando você começou a ficar com aquela menina mais rodada que pratinho de microondas. Não foi segredo quando você voltou e disse que não daria certo. Não foi segredo que eu te amava quando te dei um ultimato dizendo que estava cansada das suas idas e vindas. Você me pediu em namoro lembra? Claro que lembra, sempre foi melhor nessas datas que eu. Eu sempre assumi meu amor. Mesmo quando você foi para aquele acampamento e voltou falando que ela tinha uma voz incrível, que ela era muito legal... e todas essas coisas que a gente fala quando se interessa por alguém. Mesmo quando eu dei aqueles 'pitis' de ciúmes, não neguei que te amava. Quando li aquele poema lindo do Miguel Falabella que você postou pra sua ex. Eu tinha te mostrado aquele poema. Puta que pariu.
Cara eu sempre te amei. Eu sei que você me ama. Porque nós também nos divertimos pra caramba nesses anos. Isso, no plural. O tempo que eu passei com você foram os mais divertidos e compensadores que poderia ter naqueles momentos. Mesmo com toda a mágoa, que admito,acabei guardando, ter você na minha vida foi um presente de Deus. Sua presença, nosso relacionamento, me tornou mais crítica com relação a pessoa que eu quero ser, com relação a vida que quero levar e com relação as pessoas nas quais devo permitir que entre na minha vida. Não é adeus. É como se fosse, mas não é. Uma vez vi em um filme que só devemos dizer adeus quando nunca mais vamos ver e eu quero te ver mais um milhão de vezes... ou quantas vezes eu puder. Mas agora, preciso me sentir livre pra poder crescer, preciso de espaço pra poder me esticar, de privacidade pra poder me encolher, de silêncio pra meditar, de praia pra poder relaxar, de livros pra ficar mais sábia... mas se você puder fazer uma coisa pra mim... continue me amando. Continue vendo em mim algo bom. Seja inacreditavelmente feliz. Assim você me faz feliz. Por enquanto, amor, me deixa ficar aqui no meu casulo, 'cá com meus botões', sem me sentir pressionada. Me deixa sentir livre pra mudar de curso, pra estudar moda, pra olhar pro lado sem me sentir culpada. Eu te amo, nunca neguei, e admito: esse amor é daqueles sabe? Não sabe. Mas vou dizer. Como no filme Ironias do amor, você dividiu minha vida em antes e depois.

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