Ei, moço!

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Ei moço, você chegou e derrubou o castelo de cartas que eu estive construindo e protegendo com todo cuidado. Mas não tem problema, porque você apareceu e se fez tão interessante que eu não quero mais essa vida de brincar com castelo. Também não quero mais brincar. Só se for de fazer cócegas em você quando estivermos deitados debaixo de uma árvore, numa tarde de domingo.
Você é tão lindo. E tudo que eu consigo dizer pra mim quando você está por perto é: calma! Meu coração pensa que eu ainda tenho quatorze anos, pra sair palpitando descontroladamente quando te vejo. Eu que pensei que sabia tudo sobre estar apaixonada, percebi que não sei nada.
Como a gente faz quando o sentimento chega assim sem pedir licença? Tira a gente da zona de conforto, trás essa vontade de ter os cabelos bagunçados por alguém, coloca comédia romântica no chinelo, faz perder a noção de uso do celular e ficar checando a cada minuto, faz a gente ficar mais bobinha e querer sentir o mesmo toque todos os dias? Como a gente faz quando quer compartilhar tudo com alguém que chegou tão quieto, despretensioso? Soa familiar moço? Já te aconteceu algo assim?
Ah, moço, eu já jurei não me apaixonar de novo e eu estava indo bem, daí tudo aconteceu tão sutilmente. Já me belisquei, não é coisa da minha cabeça. Tá acontecendo. Tá sentindo o tum, tum,tum acelerado? Vou deixar acontecer, devagar, sem a desventura de querer pra já! Dias atrás eu voltaria a construir meu castelo, mas agora tudo que eu quero é ficar aqui, vendo acontecer eu e você. Nós. Não quero castelo. Quero me abrigar num daqueles abraços com propriedades entorpecentes que você dá. Pra sempre.

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